quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Personalidade de Cataguases: Coronel João Duarte Ferreira


No ano de 1872, chega ao Brasil, um português que iria fazer história em Cataguases, trata-se de João Duarte Ferreira. Nascido em Freixosa em 1850, aos 22 anos de idade, este português resolveu cuidar da própria vida largando a querida pátria e vindo para o Brasil em busca de uma nova vida. Em 1873, o jovem João Duarte chega ao então povoado do Santa Rita do Meia Pataca, onde trabalha na Estrada de Ferro Leopoldina Raigh-Way.
Com a transformação do povoado em Vila de Cataguazes e a inauguração da Estrada de Ferro, o comércio tem um grande desenvolvimento e João Duarte logo se emprega no Hotel Venâncio, lá, conquistando a simpatia de todos inclusive do proprietário do estabelecimento começa a melhorar de vida.
Como todo imigrante, assim que ganhava algum dinheiro, investia logo em terras, com isso, João Duarte foi ficando cada vez mais rico. Em 1881, a vila de transforma em cidade e João Duarte se destaca como um grande cafeicultor da cidade e região, passado a ser conhecido como Coronel João Duarte. Como um grande investidor, o Coronel João Duarte também investe em outras áreas como o Banco de Cataguazes, o Banco Construtor do Brasil, um dos fundadores da Companhia de Fiação e Tecelagem Cataguases, e a Companhia Força e Luz Cataguazes-Leopoldina. O Coronel também investe na educação, ajudando a fundar o Ginásio e Escola Normal de Cataguazes. Na saúde, ele se destaca como um dos fundadores do Hospital de Cataguases.
Quando Cataguases foi assolada pela febre amarela entre os anos de 1889 e 1896, o Coronel João Duarte defende um planejamento de saneamento básico elaborado pelo renomado engenheiro Paulo de Frontin.

Na política, o Coronel João Duarte foi Intendente da Junta Nomeada pelo presidente de Minas Gerais, várias vezes vereador, presidente da câmara e Agente-Executivo do Município, investindo na urbanização da cidade com a instalação de luz e esgoto, novas ruas dentre as quais a Avenida Astolpho Dutra, criação do Grupo Escolar Coronel Vieira, e do Hospital de Cataguases.
O Coronel João Duarte Ferreira faleceu em Junho de 1924 na cidade do Rio de Janeiro e não deixa filhos, os seus bens foram administrados pelo seu afilhado João Duarte Ferreira de Carvalho como mostra diversos documentos organizados no Centro de Documentação Histórica de Cataguases. Acredita-se que a causa da falência de sua firma se deva a má administração de seu administrador.

3 comentários:

tek@duarte disse...

Caro professor Herminio, seu texto é fiel à história do Cel. João Duarte, meu tio bisavô. Porém, o nome do “administrador” não era "João Duarte Ferreira de Carvalho” era João Duarte Sobrinho, que por ocasião do falecimento do coronel, estudava engenharia em Itajubá e voltou a Cataguases para assumir a fazenda de Miraí, que era na época o único bem, e ele não era administrador e sim seu sobrinho, aliás foi criado pelo cel. junto com suas duas irmãs. O nome do Coronel era João Duarte Ferreira, que é também o nome de meu pai. E a falência deu-se não por má administração mas pela queda da Bolsa de New York em 1929, em seguida pela queima do café pelo governo de Getúlio Vargas.

Unknown disse...

Prezado, as informações contidas neste texto são de um livro chamado "Os 100 do Século" lançado pela Fundação Ormeu Junqueira Botelho e também pelo Inventário do Cel. João Duarte.
Infelizmente, os documentos não estão disponíveis para consulta pois o Centro de Documentação Histórica, onde estava guardado o documento, fechou as portas no início deste ano.

Karla Valverde disse...

Professor Herminio, tenho em Cataguases o Jornal Meia Pataca que somente conta a história do município de Cataguases. Estarei pegando informações do seu blogo (com os devidos créditos) e enriquecendo as informações sobre o Cel João Duarte, caso tenha mais informações meu email é karlavalverde6066@gmail.com e o jornal é www.jornalmeia pataca.com.br
Obrigada!